Irei revelar como as más notícias podem influenciar os familiares em como lidar com esse momento tão delicado.
Sendo assim, você terá mais tranquilidade no momento de um diálogo franco com o seu paciente ou familiar, seja ele de consultório ou internado no hospital.
Portanto, a comunicação é a chave mestra desse diálogo.
Logo, podemos dizer que as más notícias nada mais é que uma “dança” de conversas onde nós, do lado de cá, temos o dever de harmonizar esse baile.
Dessa forma, a maneira como comunicamos as más notícias pode ressignificar esse momento tão difícil para o paciente e seus familiares.
Entretanto, como um mensageiro de más notícias, não deixe de perceber as oscilações das emoções do paciente e/ou familiares.
Neste artigo você vai aprender:
- O que são más notícias?
- Como abordar o paciente e/ou familiares?
- Comunicando as más notícias
- Conclusão!
O que são más notícias?
Se atente a comunicação não verbal – mensagens que não palavras. São gestos, olhares, postura corporal, expressão facial, maneira de tocar-, elas podem dizer muito sem falar uma só palavra.
Portanto, entender quem esta do outro lado da conversa e perceber que numa comunicação além do conteúdo há também o sentimento
“A mente é como o vento, e o corpo como a areia. Se você quer conhecer o vento, observe o movimento da areia” – Provérbio árabe
Como abordar o paciente e/ou familiares?
É importante ter habilidade de comunicação interpessoal. Abordar o paciente ou os familiares para o momento da comunicação da má notícia não é uma tarefa sempre fácil.
Contudo, ouvir é melhor que falar. Permita que eles falem mais, que se expressem mais.
Iniciar um diálogo procurando ancorar de forma adequada o quanto o paciente e seus familiares sabem do estado atual da doença, buscando entender o contexto social, cultural, educacional e familiar, além de inteirar o paciente ou os familiares sobre as expectativas será um passo fundamental para prepará-los para a comunicação propriamente dita.
Como resultado, será mais sútil perceber as barreiras da comunicação e até o momento da má noticia visto como um processo gradativo que deve ser alcançado.
Comunicando as más notícias
Reserve um ambiente privado para os familiares receberem as más notícias, adequando o local para eventuais expressões de angústias, medos e sentimentos particulares.
Assim, os familiares terão mais tranquilidade para tirarem dúvidas e entender o quanto eles estão cientes do caso. É importante saber o quanto os familiares “alcançam” do prognóstico da doença.
Evite detalhes técnicos. Evite comunicação “punitiva” e acima de tudo evite toques em pernas, pés e braços, isso pode soar invasivo. Não sinta culpa pelo falecimento e tente tirar essa “peso” de culpa dos familiares também.
Conclusão!
Em suma, a má notícia faz parte da vida médica, quer seja na realidade de um leito de UTI, quer seja num consultório de oftalmologia. Nem sempre a má notícia será uma doença incurável; o diagnóstico de uma cegueira total, por exemplo, ou o sacrifício de um órgão ou parte dele, indubitavelmente será também, uma má notícia.
Por fim, embora a terminalidade da vida seja inexoravelmente inevitável- tal qual o nascimento de um bebê-, saber que o final do ciclo vital também compõe parte integrante da vida, o “deitar” naturalmente se faz também, imbatível a essa existência-, tão louvável quanto sua vinda, também pode ser sua partida.
Se você gostou desde conteúdo, siga meu perfil @drcassiouti no Instagram para receber atualizações, bem como, você pode ler meu outro artigo mais recente sobre internato médico.